MINISTÉRIO DA CULTURA; SECRETARIA DA CULTURA, ECONOMIA E INDÚSTRIA CRIATIVAS ESTADO DE SÃO PAULO;
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA E TURISMO DE PENÁPOLIS, POR MEIO DA LEI PAULO GUSTAVO, APRESENTAM:

INTERPRETAÇÃO:

AMANDA RIBEIRO

DRAMATURGIA E DIREÇÃO:

HEITOR GOMES

Duração: 65 minutos

Classificação: 14 anos

INTERPRETAÇÃO:

AMANDA RIBEIRO

DRAMATURGIA E DIREÇÃO:

HEITOR GOMES

Duração: 65 minutos

Classificação: 14 anos

SINOPSE

É uma peça narrativa, permeada por expedientes performativos, que põe em evidência os questionamentos e a rotina da mulher contemporânea. A partir do estudo e compreensão dos contextos que envolvem diferentes mulheridades nas primeiras décadas do século XX e XXI, a atriz busca responder cenicamente à pergunta: pode uma mulher nascer e ser, de fato, livre?

APESAR DE TUDO, CONTINUAMOS...

Em 2025, a Cia Alternativa completa 09 anos de fundação em uma pequena cidade do interior de São Paulo, ao longo destes anos, diversos desafios se ergueram, seja na produção, seja no alcance de nossos projetos que são produzidos a quase 500 km da capital. Então, para nós, apresentarmos a sétima criação cênica é motivo de orgulho e fruto de muito trabalho e perseverança. Em breve, estrearemos: “Esta não é uma história sobre pássaros”, espetáculo que reafirma nossa trajetória de resistência artística e inovação cultural em Penápolis e região. Este espetáculo nasce do desejo de continuar explorando temas que provoquem reflexão, emocionem e conectem as pessoas, consolidando o teatro como uma ferramenta poderosa de transformação social. No interior, onde o acesso à cultura muitas vezes enfrenta barreiras, o teatro se torna um ato de coragem e teimosia. É no palco que histórias locais ganham voz, que questões universais encontram eco, e que a arte floresce, mesmo nos solos mais desafiadores. Esta sétima obra é um convite ao público para vivenciar o encontro teatral, celebrando o poder criativo que nasce em nossas comunidades do interior. Que este espetáculo inspire novos olhares, reacenda sonhos e fortaleça a importância do teatro como um espaço de expressão, diálogo e pertencimento.

Rodrigo Santiago
Fundador da Cia Alternativa

SOBRE A DRAMATURGIA

“Esta não é uma história sobre pássaros” é uma dramaturgia brasileira inédita, escrita a pedido da Cia. Alternativa de Teatro, a partir das inquietações despertadas, na atriz Amanda Ribeiro, pela vida e obra de Patrícia Galvão (PAGU). A partir do estudo e compreensão dos contextos que envolvem diferentes mulheridades nas primeiras décadas do século 20 (época em que viveu PAGU) e das primeiras décadas do século 21 (período em que o grupo se situa artisticamente), o dramaturgo Heitor Gomes escreve com o intuito de responder cenicamente à seguinte pergunta: pode uma mulher nascer e ser, de fato, livre? Como referenciais dramatúrgicos e estéticos, Gomes aproxima-se da poética de Grace Passô e Angélica Lidell, a fim de analisar as estruturas da narrativa teatral contemporânea e fazer com que ela dialogue com o público brasileiro localizado nas cidades do interior paulista, em especial à plateia penapolense e de suas cidades vizinhas. O resultado, registrado na dramaturgia original, é a peça “Esta não é uma história sobre pássaros”. Uma peça narrativa, permeada por expedientes performativos, que põe em evidência os questionamentos e a rotina de uma mulher que se descobre grávida. Acontecimento esse que faz com que ela reflita sobre as escolhas que fez (ou que não fez), questione o maternidade compulsória atribuída às mulheres e tema pelo futuro da criança ao nascer. Além disso, a peça discute papéis de gênero transmitidos de forma geracional, cuja reprodução irrefletida perpetua esteriótipos comportamentais, preconceitos e violências decorrentes destes, quer sejam elas físicas, psicológicas, simbólicas ou institucionais, os quais funcionam como “gaiolas” às quais estão submetidas não somente as mulheres, mas também os próprios homens.

SOBRE A ENCENAÇÃO

Para dar vida à dramaturgia escrita, o também Diretor Heitor Gomes, opta por expedientes também narrativos e performativos com o intuito de potencializar a poética da obra. Desta forma, materializa cenicamente os conflitos internos da personagem e o aprisionamento percebido por ela de forma a inserir a plateia neles. Nesse sentido, o local de onde se assiste à encenação e o local de representação cênica se confundem. Atriz e plateia coexistem e se retroalimentam, desfazendo-se as convenções que separam a realidade da ficção, ao longo dos 65 min de duração da encenação. O cenário é composto por cadeiras espalhadas de forma desordenada, as quais serão utilizadas como assento para a plateia, proporcionando diferentes pontos de vista para a trama a depender de onde se localizem na disposição do espaço cênico; e um balanço, utilizado na composição de movimento da obra, que também faz-se personagem ao longo dos acontecimentos. As paredes do espaço cênico também são utilizadas como telas, as quais são riscadas com giz, deixando registros dos pensamentos da personagem que reverberam ao longo de todo o tempo de cena. Aliado a isso, a iluminação foi idealizada de modo a exprimir o estado interno da personagem, a qual não tem consciência sobre si e sobre as suas escolhas, condição essa que se altera até o final da peça; estabelecendo-se, com isso, um jogo de “claro-escuro” que acompanha o percurso da personagem. Em igual sentido, a composição sonora complementa essa atmosfera psicológica, na medida em que se conecta com o estado vertiginoso e de delírio em que a personagem, por vezes, encontra-se. A preparação da atriz Amanda Ribeiro foi realizada com base em expedientes da dança-teatro e do viewpoints (tanto na perspectiva corporal quanto na vocal), cujo reflexo encontra-se evidente na direção de movimento. Além disso, o registro de atuação é entrecortado por momentos de distanciamento, nos quais a atriz questiona a personagem e também a si mesma, enquanto conversa com a plateia em momentos de depoimentos.

FICHA TÉCNICA


Concepção do Projeto: Amanda Ribeiro.
Dramaturgia e Direção Geral: Heitor Gomes.
Elenco: Amanda Ribeiro.
Assistente de Direção: Rodrigo Santiago.
Direção de Produção: Ricardo Faria.
Produção Executiva: Amanda Ribeiro e Rodrigo Santiago.
Figurino e Cenografia: Cia Alternativa.
Maquiagem: Amanda Ribeiro.
Costureira: Odília Tozzi.
Iluminação: Rodrigo Santiago.
Sonoplastia: Cia Alternativa.
Preparação de Canto: Pati Mendes
Vinheta de Abertura: Valmir Amaral.
Design e Comunicação: Chica Social Media.
Captação de Vídeo: Under Filmes Independentes.
Fotografia: Fabiana Harumi e Thiago Tonello.
Operação de Som: Gustavo Rodrigues
Operação de Luz: Rodrigo Santiago.
Intérprete de Libras – Priscila Leal e Luzia Guedes.
Realização: Cia Alternativa de Teatro.
Residentes Cia Alternativa: Natan Caldato, Renata Falzoni, Laura Fulanetti, Lucas Borges e Anna Lívia.

SOBRE A CIA ALTERNATIVA DE TEATRO

A Cia. Alternativa de Teatro é um coletivo cultural fundado em agosto de 2016, em Penápolis/SP. Tem como pesquisa o teatro narrativo com foco na dramaturgia autoral. Destacam-se em suas produções a ocupação de espaços não convencionais e a busca por questões urgentes da sociedade. Além das produções artísticas, o coletivo ganhou o selo de Ponto Cultural do Ministério da Cultura em 2024 por com conta de suas ações de compartilhamento como o Aprimoramento e a residência artísticas.

HISTÓRICO DA CIA ALTERNATIVA

AÇÕES CULTURAIS E FORMATIVAS

EDITAIS CONTEMPLADOS